terça-feira, 15 de julho de 2008

olhando pela janela do carro lotado...

"é sempre no passado aquele orgasmo, é sempre no presente aquele duplo, é sempre no futuro aquele pânico. é sempre no meu peito aquela garra. é sempre no meu tédio aquele aceno. é sempre no meu sono aquela guerra. é sempre no meu trato o amplo distrato. sempre na minha firma a antiga fúria. sempre no mesmo engano outro retrato. é sempre nos meus pulos o limite. é sempre nos meus lábios a estampilha. é sempre no meu não aquele trauma. sempre no meu amor a noite rompe. sempre dentro de mim meu inimigo. e sempre no meu sempre a mesma ausência."
o enterrado vivo, de drummond.

e eu vou dizer dessa infinita necessidade de solidão que coabita em mim com o desesperado desejo do encontro. penso que posso ser feliz se você me deixar ser sózinha, bem juntinhos... se você chegasse. se viesse.

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