estava pesado.
larguei tudo como estava, peguei revista, gritei coralina! saí.
a energia tava pouca. o sol quente. meia hora sentei.
chorei lendo. doeu a dorzinha da realidade, tão diversa da beleza singeleza coragem doçura força amor que havia ali naquelas histórias... doeu a dor de quem quer outra história.
a dor do braço pesado, da boca fechada, do coração escondido.
quase entregue à sensação daquele fracasso percebo coralina sentando-se ao meu lado. olho no olho, ela me disse, apenas: olha!
as folhas do ipê roxo caíam devagar acima de nós. um som de água caindo, a rua vazia, as cores. eu sentada ao lado da amiga de tanto tempo, numa manhã de terça explodindo de beleza.
coralina é tão sábia e amorosa. coralina me ensina a ser a mãe que eu quero ser.
Um comentário:
Lindo, Paula... Me emocionou.
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