quarta-feira, 30 de abril de 2008

remexendo no baú de dentro...


pois então... mas o relevante dessa história é que isso me rendeu intensos momentos madrugada adentro, quando no remexer de coisas há muito esquecidas no submundo das minhas estantes, pesquei alguns escritos meus que datam de 1992 a 2001 e que me fizeram embarcar num reviver de histórias e sentimentos da juventude. ai...

em 1992...
"às vezes acho que não me pertenço."

em 1993:
"só o que quero é querer mais..."

"feche os olhos, esqueça o mundo e me abrace mais forte."

em 1994:
"todos pensam estar bem, eu também.
quem é feliz?
amém."

"cansa-me...
essa satisfação aparente,
esses quadros todos na parede."

"ando tentando decidir em que deus crer..."

"com licença, agora eu vou voar..."

"assim serei, não sei.
das duas uma: ou uma ou outra."

"eu vou chorar pela falta de abraços, pelo telefone mudo, pelas crianças robotizadas, pela humildade escarnecida, pelas flores pisadas."

"o abraço é o início, é o fim de todo medo. o abraço é o único meio."


em 1995...
"por não conseguir falar, gritei. um cigarro de cravo, bossa nova na vitrola, a lembrança daquela noite. tô assim... nesse instante bonito."

"e se ele criar asas e eu criar raízes?"

"está tudo errado, isso é certo."


em 1996:
"por hora eu só quero ser
poeira de volta ao chão."


em 1997...
"o dia rasteja por essas paredes claras e apaga a cor das unhas e espanta os sonhos que sacudiam meus cabelos... há uma espera a espreitar. no tédio silencioso das horas, a impossibilidade de existir um outro lugar."

"que de tanto deslizar pelos vãos dos seus dedos pesados, um dia eu voe! livre seja a queda e forte seja o grito."


em 2001...
"estou a perder o chão, a vontade de comer, a noção. ando com cara de doente, erro a conta, a porta, a resposta, a atendente. ando a viver fora de mim, vive a chover dentro de mim. vivo sem morada, ando apaixonada."

"ela anda tão jururu... jururu, palavra bonita, música triste e doce. coisa minha. ela anda tão jururu... pode bem ser coisa de amor."

"melancolia... tem uma dor fininha e lenta que vive a me cochichar: saudade..."

a barata dançarina e a perereca espaçosa...

caralho, que noite essa minha viu... travei uma guerra psicológica comigo mesma e perdi. o fato é que uma horrorosa de uma barata dançarina passou a noite a rodopiar pela parede da minha cozinha, como se estivesse num salão de baile (juro, coisa mais esquisita, ela dançava mesmo). e não foi só. depois de VEDAR a porta do meu quarto dou de cara com a tal da perereca, muito da folgada, que habita não um só, mas todos os cômodos da minha casa já a algumas semanas e que resolveu passar essa noite no MEU quarto. o foda é que elas resolveram se fazer BEM visíveis, pq. se não fosse por isso, tudo bem. o que o olho não vê.... é aquela história. e agora estou eu, cá com sono e com uma puta olheira. fora a ressaca moral.... ridículas essas três!!!

terça-feira, 29 de abril de 2008

hahahahahaaaaa!!!!!!!


pq. vc. não tem um blog?, ele me perguntou.
...
ãh? ah, sei lá! isso não é coisa prá mim.