pois então... mas o relevante dessa história é que isso me rendeu intensos momentos madrugada adentro, quando no remexer de coisas há muito esquecidas no submundo das minhas estantes, pesquei alguns escritos meus que datam de 1992 a 2001 e que me fizeram embarcar num reviver de histórias e sentimentos da juventude. ai...
em 1992...
"às vezes acho que não me pertenço."
em 1993:
"só o que quero é querer mais..."
"feche os olhos, esqueça o mundo e me abrace mais forte."
em 1994:
"todos pensam estar bem, eu também.
quem é feliz?
amém."
"cansa-me...
essa satisfação aparente,
esses quadros todos na parede."
"ando tentando decidir em que deus crer..."
"com licença, agora eu vou voar..."
"assim serei, não sei.
das duas uma: ou uma ou outra."
"eu vou chorar pela falta de abraços, pelo telefone mudo, pelas crianças robotizadas, pela humildade escarnecida, pelas flores pisadas."
"o abraço é o início, é o fim de todo medo. o abraço é o único meio."
em 1995...
"por não conseguir falar, gritei. um cigarro de cravo, bossa nova na vitrola, a lembrança daquela noite. tô assim... nesse instante bonito."
"e se ele criar asas e eu criar raízes?"
"está tudo errado, isso é certo."
em 1996:
"por hora eu só quero ser
poeira de volta ao chão."
em 1997...
"o dia rasteja por essas paredes claras e apaga a cor das unhas e espanta os sonhos que sacudiam meus cabelos... há uma espera a espreitar. no tédio silencioso das horas, a impossibilidade de existir um outro lugar."
"que de tanto deslizar pelos vãos dos seus dedos pesados, um dia eu voe! livre seja a queda e forte seja o grito."
em 2001...
"estou a perder o chão, a vontade de comer, a noção. ando com cara de doente, erro a conta, a porta, a resposta, a atendente. ando a viver fora de mim, vive a chover dentro de mim. vivo sem morada, ando apaixonada."
"ela anda tão jururu... jururu, palavra bonita, música triste e doce. coisa minha. ela anda tão jururu... pode bem ser coisa de amor."
"melancolia... tem uma dor fininha e lenta que vive a me cochichar: saudade..."
em 1992...
"às vezes acho que não me pertenço."
em 1993:
"só o que quero é querer mais..."
"feche os olhos, esqueça o mundo e me abrace mais forte."
em 1994:
"todos pensam estar bem, eu também.
quem é feliz?
amém."
"cansa-me...
essa satisfação aparente,
esses quadros todos na parede."
"ando tentando decidir em que deus crer..."
"com licença, agora eu vou voar..."
"assim serei, não sei.
das duas uma: ou uma ou outra."
"eu vou chorar pela falta de abraços, pelo telefone mudo, pelas crianças robotizadas, pela humildade escarnecida, pelas flores pisadas."
"o abraço é o início, é o fim de todo medo. o abraço é o único meio."
em 1995...
"por não conseguir falar, gritei. um cigarro de cravo, bossa nova na vitrola, a lembrança daquela noite. tô assim... nesse instante bonito."
"e se ele criar asas e eu criar raízes?"
"está tudo errado, isso é certo."
em 1996:
"por hora eu só quero ser
poeira de volta ao chão."
em 1997...
"o dia rasteja por essas paredes claras e apaga a cor das unhas e espanta os sonhos que sacudiam meus cabelos... há uma espera a espreitar. no tédio silencioso das horas, a impossibilidade de existir um outro lugar."
"que de tanto deslizar pelos vãos dos seus dedos pesados, um dia eu voe! livre seja a queda e forte seja o grito."
em 2001...
"estou a perder o chão, a vontade de comer, a noção. ando com cara de doente, erro a conta, a porta, a resposta, a atendente. ando a viver fora de mim, vive a chover dentro de mim. vivo sem morada, ando apaixonada."
"ela anda tão jururu... jururu, palavra bonita, música triste e doce. coisa minha. ela anda tão jururu... pode bem ser coisa de amor."
"melancolia... tem uma dor fininha e lenta que vive a me cochichar: saudade..."
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