quarta-feira, 29 de abril de 2009

tenho dado uns espios. neles tenho visto vários dos vazios que preenchem as frases feitas da minha vida. e todo mundo tem muitas né?
penso no apego e fidelidade que alimentamos em relação a elas. isso tudo é o que? sei que isso as faz cerceadoras. e limitam qualquer dos nossos movimentos. carrascas e burras frases ocas.
senti agorinha.
a gente diz a vida toda uma frase e lá pela quarta dezena de centenas de vezes que você diz, você diz diferente. e sente pela primeira vez a frase dita, embutida de uma crença real. ou será embutida de nós mesmos, realmente?
o que significa realmente?
vixi. amanhã tento de novo.

domingo, 26 de abril de 2009

é piegas e todo mundo tá cansado de saber. né?

"não pretendemos que as coisas mudem se sempre fazemos o mesmo. a crise é a melhor benção que pode ocorrer com as pessoas e países, porque a crise traz progressos. a criatividade nasce da angústia assim como o dia nasce da noite escura. é na crise que nascem as invenções, os descobrimentos e as grandes estratégias. quem supera a crise, supera a si mesmo sem ficar "superado." quem atribui à crise seus fracassos e penúrias, violenta seu próprio talento e respeita mais aos problemas do que às soluções. a verdadeira crise é a crise da incompetência. o incoveniente das pessoas e dos países é a esperança de encontrar as saídas e soluções fáceis. sem crise não há desafios, sem desafios, a vida é uma rotina, uma lenta agonia. sem crise não há mérito. é na crise que se aflora o melhor de cada um. falar de crise é promovê-la, e calar-se sobre ela é exaltar o conformismo. em vez disso, trabalhemos duro. acabemos de uma vez com aúnica crise ameaçadora, que é a tragédia de não querer lutar para superá-la."
albert einstein.

quinta-feira, 23 de abril de 2009

não é a imagem dele, é a minha.

o insite óbvio. a tristeza medrosa que esse pipoqueiro me dá é aquela da menina de uniforme, com os olhos sempre pro chão, com um medo sempre tangente, como se alguém a fosse xingar a qualquer momento, ou empurrá-la pro abismo se ousasse um olhar de frente.
e era sofrimento aquilo de querer a pipoca e prá isso ter que enfrentar o assombroso semblante fechado do pipoqueiro. hoje acho que era apenas a tristeza dele se defendendo da minha.

quarta-feira, 22 de abril de 2009

pipoqueiro.

eu vejo e revejo esse pipoqueiro. porra, da primeira vez que eu vi, na verdade, não foi a primeira. é que passei uma fase da minha vida vendo-o diariamente. na saída da escola. agora, depois de uns 20 anos, ele é todo igual. mesmo semblante, mesmas roupas, mesmo carrinho. foi uma coisa doida trombar assim com ele tão de repente. parece que caí no passado como quem cai da bicicleta. fechei os olhos prá sentir mais o cheiro ou pq. tive medo de olhar bem. meu coração disparou. quando abri os olhos de novo já tinha passado. não olhei prá trás nem pelo retrovisor. mas me emocionei e chorei.
acho que tinha que falar nele pq. ele me aparece toda hora agora... eu finjo que nem dou a mínima e não paro prá pensá-lo. mas tenho um medo dele, de ficar vendo-o assim toda hora. estranho... eu quero ter coragem de falar com ele. antes que ele volte pro passado.
e queria ainda mais e tanto fotografá-lo...

na escolinha do tunico.

hoje a gente tem que fazer uma roda e comer um pãozinho prá descansar. a gente tem que fazer uma asa prá gente voar e pular em cima do dragão. tem uma gente que tá com pouca tosse e a gente tem que sair lá fora e tomar uma aguinha prá sarar. aí a gente tem que comer merenda. vai ter suco de laranja com pão e laranja.

domingo, 12 de abril de 2009

foto: evgen bavcarde novo assim...

sigo atropelando atropelada sigo correndo... sem deixar vãos entre as palavras sem deixar os olhos se esbarrarem tanto e aí do que se diz nem sei nem sei. sei que tenho que ir embora de você e sei que tenho que ir tenho que ir tenho que ir e que ao ir embora de você é sempre assim... achar que não deu tempo vontade de voltar.

mas sigo em frente. vontade de voltar. dentro de mim uma dança sinuosa traiçoeira e louca faz querer sorrir faz arrepiar e queima. fecho os olhos e vem de novo o cheiro o corpo querendo dançar se enroscar se desfazer se desfazer se desfazer. queria ter tocado aquele arrepio.

mas sigo...
com vontade de voltar.