sábado, 26 de setembro de 2015

dele

como se lá longe, quando dobrava e pendurava as roupinhas em sua boneca de papel, com olhos cheios de encantamento pelo imenso, sem saber, ela dizia com vergonha e entrega que se casaria com ele.
e então deixava vir o vento, o tapa, o insulto, o susto, o medo. e deixava ir.
vivia como se virando a rodinha daquela tv de brinquedo, em que se mudava as imagens com os próprios dedos, lá longe...
mas a alma, aquela que sopra e reluz e dá aos olhos o brilho e a gana, moravam nele, que morava ali, naquela foto do computador. tudo o mais eram só palavras e a imaginação do seu toque quente. dele, com quem ela iria se casar.
28/01/2015

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