segunda-feira, 4 de maio de 2009

da virada: fudida e maravilhada.

me perdi de tudo logo de cara.
sem bolsa, sem roteiro, sem grana, sem celular. passei a noite achando tudo muito cheio, muito feio. andei sem parar prá ver nada. só queria ver a minha bolsa de zebra.

às 6h. da manhã emburrada e cabisbaixa, chapada de sono e exausta,com com bolha nos pés e o joelho gritando, quem me aparece? quem? quem? quem?
no minuto seguinte encontro um rosto familiar. um pouso.
suspiro...
depois do banho, do sono, do pão quente com café, estou de volta e está tudo claro e festivo.
pulei o resto do nação. tomei cerveja e m e r g u l h e i no novos baianos!!!
queria só umas seis horas desse show. mágico. lindo. delicioso.

aflorou os sentidos todos e o prazer me focou.
tudo lindo.
assim como a força da alegria naqueles olhares... dançarinos que voavam acima de nossas cabeças e quase pousavam. por aqueles olhos fui beijada todo o tempo. e me davam o céu.
assim como uma gargalhada incontrolável e como quando as pessoas começam a se olhar nos olhos no meio da multidão.
como usufruir despudorada das pequenas liberdades possíveis e zombar das nossas grandes prisões.
assim como o sorriso desse preto. ! .
assim como quando as pessoas se trombam de frente ou como quando a gente dança sem música.
como o negro intenso dessa pele me provoca uma entrega irresistível. e eu olho, olho, olho...
o vento gelado surpreendendo o nosso morno malemolente... fecho os olhos e sorrio. cantando, cantando, cantando sempre.
assim como passar batom é um gesto íntimo.

3 comentários:

.lucas guedes disse...

como eu queria ter encontrado essa garota na virada. em tempos de msn e torpedos de celular, alguém me explica como não conseguimos nos conectar? tão pertos e tão longes! pena. resta esperar a próxima oportunidade. e que não seja [só] na próxima virada.

Eduardo Araújo disse...

Peloamordedeus, que maravilha de texto é esse. Sinto-me humilhado, pois se minha crônica da Virada não chega aos pés, o seu flutua no ar lindamente bailarino.

paulete miletta. disse...

olha isso ... rs. olha que dois que estão aí em cima comentando meu texto... se eu não morresse de vergonha, morreria de orgulho!