hoje teve sol. passeamos de carro a tarde toda. tomadas de sentires, gargalhadas, bobagens, mãos dadas, meninices, tolices brandas e floridas. ao passar pela represa, olhos fechados, janelas e sorrisos abertos. assim fomos, sonhando ser uma das moças das músicas do chico, sonhando com um amor... tão meninas. terezinhas.
"o primeiro me chegou como quem vem do florista,
trouxe um bicho de pelúcia, trouxe um broche de ametista,
me contou suas viagens e as vantagens que ele tinha,
me mostrou o seu relógio, me chamava de rainha.
me encontrou tão desarmada, que tocou meu coração,
mas não me negava nada e assustada eu disse não.
o segundo me chegou como quem chega do bar,
trouxe um litro de aguardente tão amarga de tragar.
indagou o meu passado e cheirou minha comida,
vasculhou minha gaveta, me chamava de perdida.
me encontrou tão desarmada que arranhou meu coração,
mas não me entregava nada e assustada eu disse não.
o terceiro me chegou como quem chega do nada,
ele não me trouxe nada, também nada perguntou.
mal sei como ele se chama mas entendo o que ele quer.
se deitou na minha cama e me chama de mulher.
foi chegando sorrateiro e antes que eu dissesse não,
se instalou como um posseiro dentro do meu coração."
a gente chora a emoção pueril e gargalha nossa autocrítica.
2 comentários:
Que post lindo. Boa semana.
Gostei mesmo!...
teremos uma 3ª parte?
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