um pudim igual ao que minha vó me ensinou. e que ele fosse amarelo e bonito como doce de vitrine.
queria fazer uma colcha. e conseguir fazer dela um manto colorido cheio de histórias. queria relembrar. tenho tão poucas memórias.
queria caminhar por um cemitério vazio. e me encher daquele silêncio intenso.
queria sorrir quando olhasse prá mim pelo reflexo dos vidros. queria não me perder. não me estranhar.
queria um conforto solitário.
aprender a cozinhar. queria que minha vó tivesse me ensinado algo que eu pudesse agora relembrar.
eu demoro prá admitir as perdas.
e finjo prá sempre que não as senti.
2 comentários:
Se trocarmos os pontos pelo Enter, teremos um poema... mas tudo isso é poesia... e das melhores!
Bonito hein Paulette
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