com a mesa toda arrumada, bolo confeitado, cheiro de frutas e doces, a casa cheia de flores, janelas todas abertas, vestidos e saias rodadas, seios cobertos com rendas, cabelos trançados com sonhos, sorrisos dançando prá lá e prá cá...
quinta-feira, 31 de dezembro de 2009
quinta-feira, 24 de dezembro de 2009
sábado, 19 de dezembro de 2009
vem vindo o meu primeiro ano novo.
quarta-feira, 25 de novembro de 2009
hoje.
hoje acordo de um sonho quente e de tema recorrente, sorrindo. e quase conto prá ele.
hoje tenho as narinas entupidas e a garganta coçando, caminho mais de uma hora no sol e acho até bom.
hoje vejo pela milionésima vez os três porquinhos nessa versão bregasinha que o tunico adora e adoro ver qualquer coisa com tunico, que se aprochega pertinho assim.
hoje converso com o maurício sobre previsões de sonhos realizados e os olhos brilham de esperança.
hoje encontro muitos tios e tias e eles não parecem tão assustadores prá mim. hoje sinto habitar o mesmo chão, compartilhar do mesmo ar, olhar nos olhos.
hoje passo pelo dia assim, fácil, como quem quase sabe o que faz e o que quer.
ainda sinto muita dificuldade em abraçar a minha mãe pelo seu aniversário. hoje.
e eu acho que sei mesmo.
segunda-feira, 23 de novembro de 2009
domingo, 15 de novembro de 2009
sexta-feira, 18 de setembro de 2009
porque falar da vida com você é bom.
sexta-feira, 11 de setembro de 2009
oba.
domingo, 6 de setembro de 2009
agosto passou.
agosto foi mês de silêncios. silêncios. silêncios.
como se espreitada, paralisada de medo, paralisada de morte. como se na espreita, em dúvida o tempo todo, em dúvida de existir. estive escondida do mundo, me procurando feito doida. perdi a mulher que eu era, joguei pela janela, em busca de existir.
setembro veio e os 33. vem vindo flor, um sopro e um passo à frente. dei um passinho cheia de ânsias de correr. correr. correr de sentir o vento bater na cara. a cara sorrindo o sorriso que não vai embora. mas calma, dei um passinho. e isso já é um buraco imenso a menos no peito.
quarta-feira, 12 de agosto de 2009
sexta-feira, 31 de julho de 2009
até chegar.
não se levante prá sair agora. eu também me sinto assim, mas vou ficar. vou ficar prá ver quando as luzes se acenderem. estarei atônita com a beleza que me fará calar e sorrir. um sorriso que não vai embora.
.
as bochechas rosadas. as árvores cheias de frutos. os pés no chão. e eu aqui. em pé e sorrindo. o sorriso que não vai embora.
.
quando eu não precisar mais pedir e puder oferecer. quando o sol vier. eu caminhando com certeza. e sorrindo o sorriso que não vai embora.
quarta-feira, 22 de julho de 2009
é tempo de ipês florirem.
.
.
.
"senhor, ajudai-nos a construir a nossa casa
com janelas de aurora e árvores no quintal -
árvores que na primavera fiquem cobertas de flores
e ao crepúsculo fiquem cinzentas como a roupa dos pescadores.
o que desejo é apenas uma casa.
em verdade, não é necessário que seja azul,
nem que tenha cortinas de rendas.
em verdade, nem é necessário que tenha cortinas.
quero apenas uma casa em uma rua sem nome.
sem nome, porém honrada, senhor.
só não dispenso a árvore,
porque é a mais bela coisa que nos destes e a menos amarga."
manoel de barros.
segunda-feira, 20 de julho de 2009
um momento no domingo.
iam fazendo livres associações das coisas que os olhos viam com deus. numa dessas ela perguntou pela primeira vez, pela primeira vez verdadeiramente, sobre o que é o amor. mas não se comprometeu com respostas. de volta, se entregava ao batuque, ah, os batuques lhe arrepiavam a pele, lhe acariciavam os seios, difícil dizer. andava ligada nos cheiros. mas quando tentava ir chegando mais perto, sem graça, sempre se furtava, por vergonha, pois tinha que fechar os olhos e quase sempre esbarrava nas coisas e pessoas. mas agora ela fecha os olhos e as palavras, as imagens, os sons lhe abandonam. os cheiros não.
quinta-feira, 16 de julho de 2009
terça-feira, 14 de julho de 2009
sobre o peso das coisas não ditas.
que mudam a cor do lugar, dão um amargo na boca, um incômodo no corpo, vontade de levantar. o silêncio é todo povoado de sensações cinzas. os olhos procuram outro lugar.
.
nós nos gostamos. estamos aqui. todos iguais.
abracemo-nos talvez. ou povoemos esse momento de risos. medrosos. histéricos.
ou de choros. sofremos. oras, sofremos.
.
olha, essa pose, esse carregar lenha de salto alto. vou te dizer, não sei fazer isso não. prefiro te dar minha mão e mostrar que sou toda lesa, toda boba, fraquinha de tudo, cheia de não saber, cheia de medo bobo, de vergonha, pesar, de dor. mas só sei se for assim. se eu te mostrar.
.
nós nos gostamos. estamos aqui. todos iguais.
abracemo-nos talvez. ou povoemos esse momento de risos. medrosos. histéricos.
ou de choros. sofremos. oras, sofremos.
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olha, essa pose, esse carregar lenha de salto alto. vou te dizer, não sei fazer isso não. prefiro te dar minha mão e mostrar que sou toda lesa, toda boba, fraquinha de tudo, cheia de não saber, cheia de medo bobo, de vergonha, pesar, de dor. mas só sei se for assim. se eu te mostrar.
sexta-feira, 3 de julho de 2009
coralina.
chegou prá mim um presente usado, rasgado, sujo, estrupiado. semi-morto. meus olhos que não são bondosos nem nada se apaixonaram de cara por sua feiúra. aquela feiúra dita sem jeito e sem esperança, fadada a se desfazer dia seguinte. mas nada. era força e valentia só, sempre soube. desde olhar aquele corpinho de sarna, pele e osso e aqueles olhos furados de pau e prego, mas vivos. vivos de um jeito que não morrem nunca. nunca mais companheira igual.
terça-feira, 30 de junho de 2009
hoje a pina morreu.
eu sou boba boba. eu sei. mal começo a escrever e choro. é porque tem gente que não deveria morrer. olho a pina dançando e não consigo saber como pode ser essa beleza tanta, que não se entende, não cabe. não entendo nada de dança e tenho uma paixão que chora que ri que se arrasta e que dança com a pina pela dança da pina. ela era a mulher mais linda do mundo. ela dava ao mundo a beleza daquelas indizíveis, que o olho mal pode olhar. e eu, que contava as horas prá vê-la, em setembro e cansei de dizer que ela era o presente de aniversário mais lindo da minha vida, poder olhá-la, de perto, de verdade, sinto vontade de beijar suas mãos e, boba boba que sou, choro. mesmo. triste, triste.
eu queria saber postar um vídeo.
eu queria saber postar um vídeo.
"nada disso é prá você querer..."
olha, vou te contar, vou te dizer...
porque hoje eu sou muito mais eu do que você.
porque hoje eu sou muito mais eu do que você.
sábado, 27 de junho de 2009
terça-feira, 23 de junho de 2009
das belezas e do medo.
gostava de poesia e de passarinhos. de meninas de saia rodada, de cirandas, de música todo o tempo, de minas gerais, de cabelos trançados, de flor desabrochada, de flor em botão. gostava de clarice, alice, anita, margarida e maria. de sentar ao sol em dia de frio e do cheiro da dama da noite. difícil era desabrochar seu sorriso. ele transbordava descuidado quando via os manacás. era sempre um susto, um suspiro, um aperto no peito, quando via os manacás. gostava de amora e de uva e de olhar abraços, olhos que sorriem, mãos dadas, carinhos. só espiava. e gostava daqueles casais de velhinhos que andavam de mãos dadas e usavam chapéus, suspensórios, xales, meias, perfumes. queria ser uma daquelas, toda floral e solene e sutil e amada. e cuidada. e segurada pela mão, até a praça, o mercado, o calçadão... mas não gostava de espelhos e se olhasse prá frente na vida via uma velhice doida, incontida, que não se reconhece nem se vê, que grita por não saber o que fazer com o que se é, que borra o batom e não usa xale, mas xinga. que não planta manacás, que é murcha e cheia de espinhos, enorme e de raíz tão profunda e tão forte que mal pode morrer. gostava de amarelo, de rosa e de vermelho. de chocolate branco e de deitar no colo. de céu do interior, de temperos, sementes, ervas, grãos. da tia lourdes, de gato amarelo e de gato cinza. fazia tanto tempo que não via a tia lourdes que nem sei, e das vezes que via, não falava com ela, quase. não tinha gato e sua cora tinha ido embora. tinha ido embora mas disso ela nem queria dizer.
quinta-feira, 18 de junho de 2009
sábado, 13 de junho de 2009
da minha infância não lembro quase nada.
.
nada das datas, nada dos presentes, dos passeios ou brinquedos. das casas apenas a cama dobrável e desconfortável na porta do banheiro espremida, a casa escura e minha mãe chorando baixinho no meio da noite.
de mim, sempre boa e calada, cabelos trançados, laços de fita. o isolamento na escola, o parque imenso e assustador.
o que tenho de mais vivo em mim é ainda aquela folha debaixo d'água.
o que mais tarde eu soube tratar-se de um quase afogamento, motivo de desespero entre os familiares, prá mim... é a lembrança boa da infância.
eu livre, como se voando, naquele mundo de encantamento, como se dançando no ar, e aquela folha linda, de cor indefinida, dançando cúmplice comigo.
não sei quantos segundos duraram esse sonho em vida, até que pulassem em pânico prá me roubar dele, mas são nítidos e mágicos ainda em minha memória.
além disso, quase nada... a cama dobrável, a casa escura, os choramingos de sempre, o medo das pessoas, os laços de fita. eu, calada, sempre.
nada das datas, nada dos presentes, dos passeios ou brinquedos. das casas apenas a cama dobrável e desconfortável na porta do banheiro espremida, a casa escura e minha mãe chorando baixinho no meio da noite.
de mim, sempre boa e calada, cabelos trançados, laços de fita. o isolamento na escola, o parque imenso e assustador.
o que tenho de mais vivo em mim é ainda aquela folha debaixo d'água.
o que mais tarde eu soube tratar-se de um quase afogamento, motivo de desespero entre os familiares, prá mim... é a lembrança boa da infância.
eu livre, como se voando, naquele mundo de encantamento, como se dançando no ar, e aquela folha linda, de cor indefinida, dançando cúmplice comigo.
não sei quantos segundos duraram esse sonho em vida, até que pulassem em pânico prá me roubar dele, mas são nítidos e mágicos ainda em minha memória.
além disso, quase nada... a cama dobrável, a casa escura, os choramingos de sempre, o medo das pessoas, os laços de fita. eu, calada, sempre.
segunda-feira, 8 de junho de 2009
entre os muros da escola.
"entre os muros da escola", de laurent cantet, frança, 2008.
.
tardiamente, fui ver. pedagoga que sou, não deu prá não se identificar. e não pensar uma vez mais, como a todo momento, que escolher determinados caminhos implica em aceitar a vocação de acolher o outro e, como no amor, aceitar o outro como um legítimo outro. todo o tempo.
assim disse maturana, assim digo eu.
e porra, que difícil!
não rola sem doação. sem comprometimento. sem sensibilidade. sem amor.
é piegas e chavão. mas não dá prá ser sem isso. educador é profissão de fé e coragem. muita.
belíssimo filme!!!! mil vezes belíssimo!!!!
sábado, 6 de junho de 2009
e sorrio.
sexta-feira, 5 de junho de 2009
hoje.
colocaram bancos bonitos de frente para as árvores.
soltaram balões com sementes dentro.
fui até lá longe só prá ganhar aquele abraço seu, não dizer uma palavra, voltar.
andamos por todo o caminho pisando ora só no preto. ora só no branco. e chegando lá, ele olhou prá cima e disse: mãe, o teto é inquível!
mandei uma mensagem dizendo só: querida...
arrumei nossa cama do jeito mais bonito, te cubri, beijei seus olhos fechados.
eu decidi que iria sorrir a todos que eu cruzasse hoje. e o fiz.
agora vou deitar com um imenso silêncio aqui dentro. solidão.
soltaram balões com sementes dentro.
fui até lá longe só prá ganhar aquele abraço seu, não dizer uma palavra, voltar.
andamos por todo o caminho pisando ora só no preto. ora só no branco. e chegando lá, ele olhou prá cima e disse: mãe, o teto é inquível!
mandei uma mensagem dizendo só: querida...
arrumei nossa cama do jeito mais bonito, te cubri, beijei seus olhos fechados.
eu decidi que iria sorrir a todos que eu cruzasse hoje. e o fiz.
agora vou deitar com um imenso silêncio aqui dentro. solidão.
terça-feira, 2 de junho de 2009
domingo, 31 de maio de 2009
parte II
hoje teve sol. passeamos de carro a tarde toda. tomadas de sentires, gargalhadas, bobagens, mãos dadas, meninices, tolices brandas e floridas. ao passar pela represa, olhos fechados, janelas e sorrisos abertos. assim fomos, sonhando ser uma das moças das músicas do chico, sonhando com um amor... tão meninas. terezinhas.
"o primeiro me chegou como quem vem do florista,
trouxe um bicho de pelúcia, trouxe um broche de ametista,
me contou suas viagens e as vantagens que ele tinha,
me mostrou o seu relógio, me chamava de rainha.
me encontrou tão desarmada, que tocou meu coração,
mas não me negava nada e assustada eu disse não.
o segundo me chegou como quem chega do bar,
trouxe um litro de aguardente tão amarga de tragar.
indagou o meu passado e cheirou minha comida,
vasculhou minha gaveta, me chamava de perdida.
me encontrou tão desarmada que arranhou meu coração,
mas não me entregava nada e assustada eu disse não.
o terceiro me chegou como quem chega do nada,
ele não me trouxe nada, também nada perguntou.
mal sei como ele se chama mas entendo o que ele quer.
se deitou na minha cama e me chama de mulher.
foi chegando sorrateiro e antes que eu dissesse não,
se instalou como um posseiro dentro do meu coração."
a gente chora a emoção pueril e gargalha nossa autocrítica.
rolê com a di.
noite boa. de reencontro com quem nunca saiu de perto. mas que andava prá lá, do lado que não quero ir. foi regado a inclassificáveis, do indizível e delicioso ney. e a noite aqui junto, bonita. bonita.
"viver ou morrer é o de menos
a vida inteira pode ser qualquer momento
ser feliz ou não, questão de talento."
ouça-me.
"você, eu tenho que ter
meu amor
prá poder comer
prá poder comer
você, eu tenho que ter
meu bem
prá poder dormir
prá poder dormir
prá poder dormir
você, eu tenho que ter
prá poder dizer
você, eu tenho que ter
prá poder dizer
entre a terra e a lua minha alma
tua
entre a terra e a lua minha alma
tua
entre a terra e a lua minha alma tua
entre a terra e a lua minha alma tua
já sabe o que eu sinto de cor
ou vou ter que escrever nos muros
gritar nas ruas
mandar por num outdoor
de tanto não poder dizer
meus olhos deram de falar
de tanto não poder dizer
meus olhos deram de falar
só falta você ouvir
bem que você podia pintar na sala
da minha tarde vazia
meu bem."
meu amor
prá poder comer
prá poder comer
você, eu tenho que ter
meu bem
prá poder dormir
prá poder dormir
prá poder dormir
você, eu tenho que ter
prá poder dizer
você, eu tenho que ter
prá poder dizer
entre a terra e a lua minha alma
tua
entre a terra e a lua minha alma
tua
entre a terra e a lua minha alma tua
entre a terra e a lua minha alma tua
já sabe o que eu sinto de cor
ou vou ter que escrever nos muros
gritar nas ruas
mandar por num outdoor
de tanto não poder dizer
meus olhos deram de falar
de tanto não poder dizer
meus olhos deram de falar
só falta você ouvir
bem que você podia pintar na sala
da minha tarde vazia
meu bem."
sábado, 30 de maio de 2009
me interessa.
me interessa suas coceiras, espirros, tropeços, engasgos, inflamações, tosses, expurgos, tiques, salivas, sonhos proibidos, vômitos, vergonhas, arrotos, medos, fraquezas, explosões, ânsias, desesperos, persistências, feridas, lágrimas, esperanças. me interessa sua nudez, sua exposição, suas pequenas alegrias, seus olhares, seus suores, seus odores, formas, cores, pernas e portas. abertas.
quinta-feira, 28 de maio de 2009
terça-feira, 26 de maio de 2009
seres.
domingo, 24 de maio de 2009
vik.
.
acabo de chegar da exposição do vik muniz, no masp.
e chego flor..
por lá é tudo muito vivo, tudo muito cheiro, movimento tanto, toda cor e toda dança. e tem música...
.
estive tomada.
.
tantos olhares possíveis que não foi possível olhá-los todos. mas sentir sim... porque sentir é infinito. sentir é inevitável, é mais que respirar.
.e eu que sou doente do olho e da língua, senti cada obra de corpo todo.
.
mas não sei dizer disso aqui. então digo só que cheguei flor toda fresca e multicolor.
quarta-feira, 20 de maio de 2009
ela ia.
ela ia sem pensar nem pestanejar pro banheiro. trancava a porta e não se sentava em cima da tampa do vaso. despia-se e acomodava-se ali, curvada e apertada, de frente pro lixo sem tampa, terço de madeira enrolado entre os dedos, é bom começar logo vai, vai... ia rezando o terço querendo não se olhar de fora. se atentasse às palavras que dizia, protestava. reprimia-se. curvava os pensamentos aos seus desejos sexuais. hora ou outra sentia o cheiro do lixo. toda hora o ridículo lhe batia à cara. reprimia-se e não parava nunca. fluxo contínuo de rezas no automático. porque fazia isso, queria saber. porque fazia isso ali, como quem cagava, queria saber. e olhava suas unhas vermelhas segurando o terço de madeira e estranhava as palavras que iam, antes de protestar fazia a curva... prá seus desejos sexuais. reprimia-se. e fingia não ter a impressão de que aquilo era desespero.
terça-feira, 19 de maio de 2009
queria fazer um pudim.
um pudim igual ao que minha vó me ensinou. e que ele fosse amarelo e bonito como doce de vitrine.
queria fazer uma colcha. e conseguir fazer dela um manto colorido cheio de histórias. queria relembrar. tenho tão poucas memórias.
queria caminhar por um cemitério vazio. e me encher daquele silêncio intenso.
queria sorrir quando olhasse prá mim pelo reflexo dos vidros. queria não me perder. não me estranhar.
queria um conforto solitário.
aprender a cozinhar. queria que minha vó tivesse me ensinado algo que eu pudesse agora relembrar.
eu demoro prá admitir as perdas.
e finjo prá sempre que não as senti.
segunda-feira, 18 de maio de 2009
uma virada mais doce.
na minha virada teve
sol.
teve o nóbrega abrindo as janelas todas
e jogando pro céu do
dia
suas cirandas e
girassóis.
teve o jorge e sua
lua.
nossa festa.
.
.
.
teve o doce lucas
e nosso
esconde
esconde.
ando fugindo de doce e me escondi sempre e tonta.
.
.
.
teve a nega.
ai
que
nega.
trouxe com ela todas as negas do
mundo.
acendeu os tambores
e fez o mundo girar ensolarado naquela
saia.
eita nega da boa!
teve uns meninos
lindos
que
chegaram trazendo nos bolsos
uma festa de
criança!
piscina de bolinhas coloridas
debaixo daquele
solão.
.
teve um
entardecer...
.
e o lobão prá dizer tchau.
depressa,
depressa
demais.
sol.
teve o nóbrega abrindo as janelas todas
e jogando pro céu do
dia
suas cirandas e
girassóis.
teve o jorge e sua
lua.
nossa festa.
.
.
.
teve o doce lucas
e nosso
esconde
esconde.
ando fugindo de doce e me escondi sempre e tonta.
.
.
.
teve a nega.
ai
que
nega.
trouxe com ela todas as negas do
mundo.
acendeu os tambores
e fez o mundo girar ensolarado naquela
saia.
eita nega da boa!
teve uns meninos
lindos
que
chegaram trazendo nos bolsos
uma festa de
criança!
piscina de bolinhas coloridas
debaixo daquele
solão.
.
teve um
entardecer...
.
e o lobão prá dizer tchau.
depressa,
depressa
demais.
quinta-feira, 14 de maio de 2009
de madrugada.
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terça-feira, 12 de maio de 2009
peixes são iguais a pássaros só que cantam sem ruído som que não vai ser ouvido voam águias pelas águas nadadeiras como asas que deslizam entre nuvens peixes pássaros pessoas nos aquários nas gaiolas pelas salas e sacadas afogados no destino de morrer como decoração das casas nós morremos como peixes o amor que não vivemos satisfeitos mais ou menos todas as iscas que mordemos os anzóis atravessados nossos gritos abafados … afogados no destino de morrer como decoração das casas nós morremos como peixes o amor que não vivemos satisfeitos mais ou menos todas as iscas que mordemos os anzóis atravessados nossos gritos abafados...
sexta-feira, 8 de maio de 2009
segunda-feira, 4 de maio de 2009
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